Apesar de utilizado há mais de cem anos nos Estados Unidos e na Europa, apenas nos últimos anos o drywall vem sendo adotado em larga escala pela construção civil brasileira.
Edifícios comerciais são os campeões no emprego do drywall; mas há cada vez mais prédios residenciais utilizando esse sistema.
O drywall consiste de placas de gesso acartonado presas com parafusos em estruturas de aço galvanizado. Ele possibilita a passagem de instalações hidráulicas, elétricas e de telefonia.
Ele substitui tetos, paredes e revestimentos internos convencionais, ou seja, feitos em alvenaria. Em outras palavras, dispensa o uso de argamassa.
Apesar de ser menos resistente a impactos que uma parede de tijolos, a de drywall atende às normas técnicas referentes peso, resistência ao fogo, impacto e isolamento acústico exigidas pela ABTN (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Vantagens do Uso do Drywall
Placas de drywall são mais finas, levando a ganhos de 4% de área útil a cada 100 metros quadrados.
Por essas características, ainda, o drywall é mais flexível – logo, mais fácil de ser trabalhado, não apresentando o risco de fissuras e trincas típico de paredes de alvenaria.
Outro benefício técnico decorrente de sua leveza é a redução dos custos de logística, uma vez que o volume das placas de drywall é até 75% menor que o de tijolos.
Além disso, existem os benefícios acústicos e térmicos: o espaço existente entre as chapas de drywall acabam funcionando como barreiras contra ruídos e variações de temperatura externos. Para potencializar esse efeito, é possível preencher o vão com lã mineral ou vidro.
Caso a superfície em drywall precise ser quebrada para, por exemplo, o reparo de tubulações hidráulicas existentes em seu interior, basta rasgar a área necessária e, ao final do serviço, reconstituí-la com um remendo.
Em situações de demolição e descarte, vale destacar que as chapas de drywall são reaproveitáveis e não gera resíduos tóxicos.
Por outro lado, a grande limitação do drywall é que ele não é recomendado para áreas molhadas (como banheiros) e ainda não é tão fácil encontrar mão-de-obra especializada em sua instalação e manutenção.
Pintura e Revestimentos sobre Drywall
Porque a superfície das chapas de drywall é tão lisa, reduz tempo e custos na preparação para receber pinturas e texturas.
O drywall pode receber todos os revestimentos aplicáveis em paredes convencionais: azulejos, cerâmicas, fórmicas, laminados, papel de parede, porcelanatos, ladrilhos hidráulicos e outros.
No caso de revestimentos que exigem argamassa, é importante utilizar uma compatível com o drywall, que é a do tipo AC II. Deve-se redobrar a atenção com o rejunte: as peças precisam estar bem vedadas.
Revestimentos Feitos de Drywall
Entre os empregos mais comuns de revestimentos em drywall está o de vedar fiações e encanamentos (chamados shafts) e o de garantir propriedades acústicas e térmicas.
Revestimentos de drywall também possibilitam formas diferentes para paredes, como ondulados, por exemplo.
Existem contra-paredes em drywall especialmente desenvolvidas com a finalidade de oferecer resistência ao fogo, isolando ambientes que devem ser protegidos.
Esse tipo é muito utilizado em hospitais, escolas e hotéis.
Cuidados com Superfícies em Drywall
Superfícies em drywall requerem cuidados específicos de manutenção.
A limpeza pode ser feita com produtos encontrados no mercado; no entanto, deve-se evitar jatos de água ou vapor.
Infiltrações devem ser consertadas com o máximo de urgência, pois podem danificar todo o sistema.
Toda e qualquer regra de conservação do drywall pode ser encontrada no memorial descritivo do produto e no manual do proprietário. Ele deve ser entregue ao consumidor por lei.