Use a imaginação e encontrará inúmeras opções que nos fogem no dia a dia.

 

– Algumas opções:

 

O cimento do “rabo” do fogão à lenha.

 

 

 

A borda de um tanque de lavar roupa ou da pia da cozinha ( desde que não seja das de resina sintética imitando pedra).

 

 

 

 

Até mesmo a borda da boca de uma xícara de porcelana pode dar um bom afiador:

 

 

Feita a afiação vem a hora de assentar o fio, endireitar o fino gume que ficou torto na última passada pelo abrasivo ou que entortou durante o uso da faca.

 

– Na mata ou no sitio improvisar é importante:

 

Aquele que quer permanecer dias dentro de uma mata, muitas vezes totalmente perdido e tendo que contar com suas poucas ferramentas para sobreviver não pode se dar ao luxo de ter um facão quebrado.

O facão pode entortar que será desentortado em uma forquilha de árvore ou em uma greta de pedra, mas não pode quebrar.

Se o facão perde o corte tem que ser afiado em qualquer pedra na beira de um riacho daí descartar também os modernos aços de alta dureza que exigem ferramentas de afiação especiais, muitas vezes diamantadas.

Estes argumentos somam-se ao conceito que uma boa faca que deve ter ergonometria, deve ter o mínimo peso possível desde que não perca a necessária resistência, deve ter flexibilidade, deve permitir uma afiação precisa e fina, deve manter bem o fio e deve também ser relativamente fácil de afiar levando-se em conta o meio e os recursos que disporá seu proprietário para refazer seu gume quando necessário.

Nestas ocasiões, pode-se lançar mão de várias improvisações como quase todas as pessoas que se aventuram a afiar uma lâmina.

– Pedras Naturais:

São ótimas opções para quem está em sítios, nas matas ou nas proximidades de riachos:

Nas margens dos riachos os seixos rolados no leito do rio são ótimas opções de afiadores:

 

O uso será sempre da mesma forma que descrevo no “Pequeno Manual da Pratica de Afiação de Lâminas”, ou seja, sempre devemos definir um ângulo conforme o uso que faremos da lâmina proporcionando fios mais delgados para cortes mais precisos como em carnes em fios mais abruptos e fortes para o corte de materiais duros como as madeiras.

Devemos ainda afiar sempre do pé da lamina para a ponta no sentido de quem estivesse tentando fatiar a pedra.

O ponto de se virar a lamina será aquele quando o fio forma uma fina rebarba para o lado oposto ao longo de toda a extensão da lâmina.

Se não é nas matas, mas em um rancho com algum recurso ou em sítios e fazendas as possibilidades se ampliam muito e vão daquela soleira de porta em mármore ou granito até aquela lima que todo peão carrega no bolso traseiro da calça.

 

Texto e fotos de Marcos Soares Ramos Cabete