Fendas no solo e subsolo

A argila apresenta a capacidade de expansão e encolhimento, conforme o grau de umidade.

Na época seca do ano, o solo perde a umidade e se contrai, apresentando fendas.
Quando chove ele se expande e as fendas fecham.
Casas, muros, construídos por cima destas fendas apresentam rachaduras que acompanham a descontinuidade subterrânea. Muitas vezes, o emprego até maciço de ferro, não consegue compensar o movimento da argila.

Uma camada de areia grossa ou até média, antes de colocar o alicerce serve como “rolamento” entre o solo e a casa.
O solo se movimenta, se expande, se contrai, dependendo da estação do ano, mas não transmite mais este movimento à casa, que por consequência, não apresenta rachaduras.

Na caso de cisternas, se colocar o concreto que serve de base ou fundo da cisterna, diretamente sobre o solo, a consequência é geralmente fatal.

O concreto fica colado na argila que com suas contrações e expansões arrasta consigo a base, causando rachaduras.

Fendas causadas por esta causa, dificilmente poderão ser eliminadas. Especialmente quando se trata de cisternas de maior volume.

A força grande do solo em contração é superior à compensação de uma simples tela de galinheiro. O conserto se torna mais oneroso.

Como prevenir: nunca se deve colocar o concreto que serve de base da cisterna, diretamente sobre solo, mesmo que aparentemente seja mais arenoso.

Deve-se colocar primeiramente, antes do concreto, uma camada de seixo rolado ou brita, de espessura de pelo menos cinco centímetros e em seguida uma camada de areia grossa com a mesma espessura.

As duas camadas deve ser piladas com a areia moderadamente umedecida, pois areia seca e areia encharcada possuem um volume maior do que areia úmida

 Passos para eliminar vazamentos em uma cisterna

 1 – Argamassa apropriada

 

 

 

A argamassa é composta de três componentes:

– 1 parte de cimento

– 1 parte de areia média (areia usada para assentar tijolos, rebocar paredes de casas)

– 2 parte de areia grossa, também chamada de areia lavada (usada em construções de concreto armado).

A areia média contém uma certa quantidade de argila.

A areia grossa, por sua vez,é isenta de argila.

Importante é observar que a massa não fique fluida demais.
Melhor utilizar de início menos água e alcançar um traço macio pelo processo de mistura.

A massa precisa ser mais dura que normalmente se utiliza para rebocar paredes.

A quantidade de água, estando as areias com pouca umidade, como acontece nos períodos de estiagem, deve ser aproximadamente o mesmo volume do cimento adicionado.

Argamassa líquida demais, possui menos resistência.

O lugar mais crítico de uma cisterna fica na emenda entre o fundo e a parede. É neste lugar que a água exerce a maior “pressão”.

Lá aparece também o efeito da diferença de temperatura entre parede e base da cisterna.

Precisa refazer e alargar a meia lua que une parede com a base da cisterna.

2 – Aplicação de tela

 

Antes da aplicação se limpa a cisterna de partes soltas, areia etc.

Não é necessário de raspar, escovar ou qualquer outra medida preparatória.

Por toda extensão da parede da cisterna se aplica uma primeira camada de tela de malha de 1 cm, com fio BWG 24 (0,56 mm), também chamada tela de viveiro e por cima a tela de malha de 5 cm BWG 18 (1,24 mm), conhecida como tela para galinheiro.

No fundo da cisterna é suficiente a aplicação da tela de galinheiro.

As telas são fixadas com grampos de cerca galvanizados, pois pregos comuns não conseguem penetrar a parede da cisterna.

A fixação pode ser feito de maneira superficial.

Não é necessário aprofundar o grampo. Importante que se usem somente materiais galvanizados