A vitória-régia, presente em fotografia em muitos dos livros de biologia das escolas brasileiras, é o tipo mais comum que vem à cabeça quando pensamos em plantas que vivem na água. 

Algas marinhas também são um exemplo que surgem quando é esse o assunto. Além disso, o que sabemos de tais espécies?

Te convidamos a mergulhar conosco um pouco nesse universo… 

bambu nativo do japão
Ramos de plantas. Foto: Tirol Plantas

As plantas que vivem na água são essenciais ao ecossistema

Por mais que a gente não tenha o costume de reparar, elas estão na natureza por razões diversas e importantes. Algumas delas são:

  • Controlam a temperatura e com isso proporcionam ambiente estável para a vida aquática
  • Atuam na filtração da água
  • São fonte de alimento para peixes e aves
  • São o habitat de diversas espécies aquáticas
  • Previnem erosões e erupções 

Voltando às algas, elas exemplificam vastamente essa importância. Filtram, controlam a temperatura e são fonte de alimento. Diretamente, para o ser humano, também são benéficas em muitos aspectos. 

São usadas como ingrediente em preparos como o sushi, na fabricação de medicamentos e biocombustíveis e são ainda grandes produtoras de oxigênio, responsáveis por mais de 50% do oxigênio que os seres vivos absorvem.

Sendo um organismo vivo muito antigo, estudos apontam que as demais plantas teriam surgido de uma espécie de alga. 

Um presente da Lua para Naiá

Originária e símbolo da floresta amazônica, não dá para falar de plantas que vivem na água no Brasil sem voltar o olhar para a já comentada vitória-régia.

As lendas indígenas contam que a guerreira Naiá era apaixonada pela Lua, um deus que recolhia as mulheres para si transformando-as em estrelas. Um dia, vendo a imagem da Lua refletida no rio, Naiá acreditou que ela estava ali e se jogou de encontro ao seu amor.

A guerreira acabou morrendo afogada e, tocada por sua história, a Lua transformou-a na estrela das águas, criando a belíssima vitória-régia. Dizem que o cheiro que exala da flor à noite, é o cheiro de Naiá e que as folhas são estiradas para receber o afago da luz da Lua.

Histórias à parte, além da beleza exuberante, as folhas da planta podem chegar a ter 2,5m de diâmetro e sustentar até 50kg. Indicativo de águas limpas e saudáveis, fundamental ao ecossistema e a biodiversidade, como outras plantas, é também uma PANC – planta alimentícia não convencional.

Com propriedades laxante e cicatrizante, rica em amido, sais minerais e ferro, sua flor, talo, semente e caule subterrâneo são comestíveis. Curiosamente, a semente pode ser estourada, como o milho, e virar pipoca; é usada ainda para fabricar farinha e derivados. A vitória também serve para colorir e fortalecer os cabelos.

Beleza e contato mais próximo com a natureza: plantas que vivem na água em ambientes fechados

Plantas em casa ou no ambiente de trabalho, além de um elemento ímpar na decoração, podem trazer muitos benefícios, dentre os quais: contato mais próximo com a natureza, purificação do ar e melhora do funcionamento cerebral.

Para ter as que vivem na água, duas opções simples se apresentam: as de aquário ou as adaptadas para essa finalidade.

Aquários são bons ornamentos pois embelezam com a variedade de cores que dá para criá-lo, sem falar nos benefícios à saúde mental. A simples observação do aquário traz sensação de bem estar e relaxamento, contribuindo para diminuição do estresse e ansiedade.

Ainda por cima, é uma boa ferramenta para interagir e entreter crianças, tanto pelo aspecto visual quanto pela possibilidade de ensinar sobre ecologia, cuidado e responsabilidade com as demais vidas. 

Um parêntese: anota essa dica!

Por falar em crianças e plantas que vivem na água, o filme “Procurando Nemo”, lançado pela Disney e Pixar em 2003, é um entretenimento didático para entender a relevância das plantas aquáticas dentro do ecossistema. 

flores para decorar muros
Jardim verde. Foto Freepik

Voltando às decorações com plantas que vivem na água

Com alguns cuidados, é possível adaptar plantas terrestres para viverem na água. Escolha uma que não precise de sol direto, as chances de se adaptarem serão maiores!

Corte um galho, higienize-o para que não fiquem resquícios de terra nele e coloque-o em um recipiente com água na altura de três quartos. Escolha um recipiente que receba bem a luz do sol, dando preferência aos transparentes.

Para manter, escolha um local em que a luz do sol não bata diretamente e troque a água sempre que estiver se tornando turva – o que pode variar de uma a três vezes por semana.

Handreza Hayran é uma escritora de estilo de vida e entretenimento, com grande interesse em decoração de interiores e otimização doméstica.