A volta às aulas presenciais na Covid-19 ainda não é uma realidade, mas mesmo assim o assunto tem sido alvo de muito debate. Enquanto algumas famílias anseiam pelo retorno às escolas, outras temem a chegada desse dia. Descubra o que está por trás do posicionamento de cada uma.
Volta às Aulas Presenciais na Covid-19: Quem é a Favor
Em geral os pais que desejam aderir a um possível retorno às escolas assim que possível são os que voltaram ao trabalho e não tem com quem deixar os filhos.
Juliana, mãe de Caio, é empresária e um ótimo exemplo do perfil dessas famílias: “Acho que na verdade ninguém está totalmente tranquilo com uma volta às aulas antes da descoberta de uma vacina. Apenas as negacionistas, que não levam os riscos à sério”.
No entanto, como empresária, ela se vê diante da necessidade de voltar o mais rápido possível à rotina pré-pandemia. “Tive a grande sorte de ter conseguido atravessar essa primeira onda do vírus sem fechar as portas. Mas precisei voltar à ativa assim que o relaxamento das medidas de proteção começou.”
Rafael, pai de Ricardo e Vanessa, é funcionário de uma grande empresa e também espera mandar as crianças para a escola assim que abrirem. Ele e a mulher, Renata, conseguiram encaixar o escalonamento de seus respectivos empregos para sempre ter um dos pais em casa com as crianças.
“Temos sorte, mas vivemos a preocupação que nossos trabalhos passem a exigir nossas presenças diariamente, em tempo integral. O mundo inteiro ainda está muito incerto sobre algumas questões, tudo é possível”
Diante desse cenário a escola é a grande solução para muitas famílias. E, por conta disso, a pressão delas sobre a instituição, no sentido do rigor das medidas de segurança e higiene em sala de aula, é frequentemente maior.
Volta às Aulas na Pandemia: Por Que Não
Por outro lado muitos pais e responsáveis torcem para que os governadores continuem adiando o fim da quarentena do ano escolar. Em linhas gerais são famílias que já trabalhavam, ou vão continuar trabalhando, em home office.
Eles podem se dar ao luxo de priorizar a saúde dos filhos.
Diversas escolas de todo o país estão realizando pesquisas junto aos pais para saber como se sentem em relação a uma suposta retomada das aulas presenciais.
Teresa Cristina representa bem a fatia que tem condições de se manter em casa com as crianças: “No formulário enviado por e-mail com a pesquisa, escolhi mandar minha filha à escola apenas num segundo momento”
Ela prefere observar o que vai se passar com as primeiras turmas presenciais. “Se eu sentir segurança no andamento das coisas cogito, sim, a volta da Tábata à escola. Mas de cara não tenho coragem”.
Apesar de mais frequente entre adultos que trabalham em casa, essa decisão também está presente nas famílias que já estão saindo de casa para cumprir expediente.
“Estamos conversando com os avós do Pablo para possibilitar que ele possa continuar apenas no ensino à distância”, conta Carlos, pai do menino.
É tudo muito novo e cada família está se articulando como pode. Pelo menos as escolas parecem estar se esmerando em garantir a educação dos alunos qualquer que seja a decisão dos pais.
